Boa noite!
Como combinado, segue uma pequena ajuda para os alunos dos 3º da noite da E.E. Prof. Ângelo Barros de Araújo.
“Choque de civilizações: na origem de um conceito” por Alain Gresh
http://diplomatique.uol.com.br/acervo.php?id=1089&tipo=acervo
“Desconstruindo Huntington” por Gildo Marçal Brandão
http://www.acessa.com/gramsci/?page=visualizar&id=220
“O Choque das Civilizações e o 11 de Setembro” por João Marques de Almeida
http://www.ipri.pt/investigadores/artigo.php?idi=5&ida=31
Lembrando aos meus queridos alunos que estes são apenas alguns dos vários textos sobre o assunto. Fiquem a vontade para utilizar outras fontes.
Abraços.
O “Caderno de Mapas” tem como objetivo divulgar e ampliar o conhecimento geográfico como um todo. É voltado para alunos, ex-alunos e pessoas interessadas, que anseiam por espaços de discussão mais abertos. Outro foco do blog é divulgar material de suporte para o conhecimento geográfico no contexto escolar, incluindo notícias, fragmentos de textos e livros, charges, entre outros.
terça-feira, 31 de maio de 2011
quarta-feira, 4 de maio de 2011
A velhice na sociedade moderna
A terceira idade, os idosos, os velhos... Ah! sim, hoje é a MELHOR idade. Há uma preocupação mundial em relação ao envelhecimento da população. Em geral, os velhos são vistos como um peso para a sociedade. Afinal, agora eles recebem sem trabalhar. Os que realmente trabalham devem sustentá-los. Que tratamento cruel nossa sociedade ocidental dá aos idosos! Envelhecer hoje é um desafio, não uma honra.
Esse triste quadro de nossa sociedade é bem analisado por Ecléa Bosi, uma das maiores referências nos estudos sobre memória. A leitura do trecho do texto que segue nos leva a refletir sobre o papel do idoso na sociedade moderna e o tratamento que lhe é dado.
A velhice na sociedade moderna
BOSI, Ecléa. Memória e sociedade. Lembranças dos velhos. São Paulo: T. A. Queiroz, 1983, p.34-39 (adaptado).
Além de ser um destino do indivíduo, a velhice é uma categoria social. Tem um estatuto contingente, pois cada ser vive de forma diferente o declínio biológico do homem. A sociedade industrial é maléfica para a velhice. Nas sociedades mais estáveis ou tradicionais um octogenário pode começar a construção de uma casa, a plantação de uma horta, pode preparar os canteiros e semear um jardim. Seu filho continuará sua obra. Quando as mudanças históricas se aceleram e a sociedade extrai sua energia da divisão de classes, todo sentimento de continuidade é arrancado de nosso trabalho. Destruirão amanhã o que construímos hoje. O filho não recomeçará o trabalho do pai e este sabe disso.
A sociedade rejeita o velho, não oferece nenhuma sobrevivência à sua obra. Perdendo sua força de trabalho, ele já não é produtor nem reprodutor. Se a posse, a propriedade, constituem uma defesa contra o outro, o velho de uma classe favorecida defende-se pela acumulação de bens. Suas propriedades o defendem da desvalorização de sua pessoa. A característica da relação do adulto com o velho é a falta de reciprocidade que pode se traduzir numa tolerância sem o calor da sinceridade. Não se discute com o velho, não se confrontam opiniões com as dele, negando-lhe a oportunidade de desenvolver o que só se permite aos amigos.
O velho sente-se um indivíduo diminuído, que luta para continuar sendo um homem. Como deveria ser uma sociedade para que, na velhice, o homem permaneça homem? A resposta é radical: seria preciso que ele sempre tivesse sido tratado como homem. Mas tal não acontece: nesta sociedade pragmática, que desvaloriza o homem em favor da mercadoria e do lucro, é necessário lutar para conseguir direitos. Para que nenhuma forma de humanidade seja excluída da humanidade é que as chamadas minoria têm reagido: mulheres, negros etc. Mas o velho não tem armas. Nós é que temos que lutar por ele.
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