sábado, 28 de março de 2009

Enfim, um mapa!




Bom, um blog com o nome "Caderno de Mapas" sem mapas, fica estranho né. Sendo assim, escolhi um mapa de meu Estado de origem para estrear.
Misturado à nostalgia de meu antigo Estado está a utopia de como gostaria que as ferrovias tivessem sido priorizadas no passado e não as rodovias.
Segue a descrição do mapa da "Coletânea de Mapas Históricos do Paraná", disponível no site http://www.itcg.pr.gov.br/arquivos/livro/mapas_iap2.html

"Este poderia ser considerado o mapa das utopias. O sucesso que as novas estradas de ferro estavam proporcionando em São Paulo e no resto do Brasil, levou o Governo Federal e os dos Estados a sonharem com a multiplicação das ferrovias no extenso território brasileiro. Não dispondo de verbas para construí-las, apelaram para concessões de ramais fantásticos a particulares, esperando desta forma um verdadeiro milagre, isto é, a sua efetiva concretização.

Surgem então no Paraná várias concessões visando à realização de quiméricos projetos, que estão representadas no mapa:

a) Guaratuba a Barracão, ligando o litoral com a Argentina;
b) Rio Negro a Foz do Iguaçu, passando por Guarapuava;
c) Ponta Grossa a Guairá, pelo vale do Piquiri;
d) Guarapuava e Mato Grosso, pelo divisor Piquiri-Ivaí;
e) Antonina e Mato Grosso, via Serro Azul e Castro;
f) Ponta Grossa ao Paranapanema, com um ramal nas margens do Tibagi e outro pelo Laranjinha;
g) Jacarezinho às Sete Quedas, ramal concedido à Sorocabana pelo Governo Federal.

Em 1924, o historiador Romário Martins visitou o Norte Pioneiro. Tomando conhecimento da realidade econômica e humana da região, conclui que o maior problema do Paraná era a integração do seu território. Esclarecia que antes andava pleiteando e sonhando com ferrovias transparanaenses, que ligassem o mar oceano ao mar fluvial. Eram futurismos poéticos e generosos."

Ao menos, um dia chegaram a sonhar com as ferrovias.

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